É notável o crescimento e o reconhecimento da educação profissional em todo o país, pois “Curso Técnico Encurta Caminho para Emprego". Esse foi o título da matéria divulgada pelo “Fantástico”, exibido pela Rede Globo, em 31 de agosto de 2009. O programa ressaltou que, atualmente, ter um Curso Técnico no currículo é, praticamente, a garantia para se conseguir um bom emprego.
Os cursos técnicos são programas de educação profissional que habilitam para uma determinada profissão, e proporcionam, para quem os faz, maior conhecimento prático, capacidade para trabalhar no setor escolhido, por um valor mais barato se comparado aos gastos com uma faculdade.
As vantagens não se limitam aos investimentos, pois os cursos técnicos exigem menos tempo para essa formação (duram cerca de um ano e meio, até três anos, no máximo), são cursos focados, ou seja, a capacitação técnica e prática são abordadas logo no início do curso. A curta duração também tem outra vantagem: acaba possibilitando a inserção mais rápida no mercado de trabalho e, assim, a verificação do retorno do tempo de estudo.
Uma pesquisa realizada em 2007, pela Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (SETEC), revela que o ensino técnico aumenta, e muito, as chances de ingresso no mercado de trabalho. Dos quase três mil entrevistados em todo o Brasil, formados entre 2003 e 2007, nada menos que 72% dos ex-alunos estão no mercado de trabalho, sendo 65% na atuam na própria área de formação. E, de cada dez ex-alunos empregados, seis recebem salário na média da categoria.
Nessa perspectiva, observa-se também que o curso técnico está sendo considerado o primeiro passo para a Faculdade, já que cerca de 57% dos alunos do ensino técnico ingressam no ensino superior. O que corrobora para o seu papel na formação continuada, pois acaba por impulsionar o técnico para seguir sua qualificação.
Em termos curriculares, a educação profissional não deve ater-se apenas a disciplinas técnicas. Como toda educação, precisa olhar para o sujeito em sua integralidade, promovendo condições para que este se desenvolva de forma global, com vistas a competências interpessoais.
Afinal, o mundo do trabalho exige um profissional que supere conflitos, trabalhe em equipe, seja criativo, flexível e proativo. Para tanto, os cursos precisam desenvolver a capacidade de expressão escrita e oral, raciocínio lógico, empreendedorismo, liderança e espírito crítico-reflexivo.
Neste sentido, é grande a responsabilidade da educação profissional, que prepara o aluno para um mercado sedento por pessoas que possam analisar propor, negociar, cooperar, avaliar, resolver problemas e qualificar os processos nas organizações.
Por fim, a educação profissional é um projeto de desenvolvimento econômico e social, com vistas a atender à diversidade de situações da população brasileira, vinculando necessidades empresariais de uma região ou estado, contribuindo para a redução das desigualdades sociais com responsabilidade social.
As oportunidades para ingressar em um Curso Técnico no Vale do Paranhana são muitas, somente a IENH em Igrejinha oferece 3 cursos técnicos: Administração, Informática e Vendas. Saiba mais: www.ienh.com.br ou http://cursostecnicosienhig.blogspot.com/
terça-feira, 30 de agosto de 2011
quarta-feira, 24 de agosto de 2011
ÉTICA E CIDADANIA EM TEMPO DE EXCLUSÃO SOCIAL DO JOVEM BRASILEIRO
RESUMO
Na contramão do desenvolvimento econômico que o Brasil tem apresentado na última década, observa-se um grande contingente de jovens desempregados e em situação de vulnerabilidade social. Na tentativa de pensar esse paradoxo, este artigo apresenta o trabalho como meio de produção de dignidade, criador de significado humano, e a Educação Profissional como uma possibilidade de acesso qualificado e viável do jovem ao mundo do trabalho contemporâneo. Apontando para mais investimento em políticas públicas com foco na Educação Profissional, de modo a atingir este segmento da população.
Considerando que o reconhecimento da dignidade pode ser através do trabalho a ONU (1948), Organização das Nações Unidas, descreve a importância do trabalho como um dos direitos humanos mais essenciais do ser humano observa-se no artigo vinte e três a seguinte consideração:
“Toda pessoa tem direito ao trabalho, à livre escolha de emprego, a condições justas e favoráveis de trabalho e à proteção contra o desemprego. Toda pessoa, sem qualquer distinção, tem direito a igual remuneração por igual trabalho. Toda pessoa que trabalha tem direito a uma remuneração justa e satisfatória, que lhe assegure, assim como à sua família, uma existência compatível com a dignidade humana, e a que se acrescentarão, se necessário, outros meios de proteção social”. (ONU, 1948).
A Declaração Universal foi aprovada pela Assembléia Geral em 10 de dezembro de 1948 com votação de quarenta e oito países com votos a favor, zero contra e oito países com abstenções, os países, Bielo-Rússia, Tchecoslováquia, Polônia, Ucrânia, URSS, Jugoslávia, África do Sul e Arábia Saudita. A Declaração Universal foi traduzida pelo menos para trezentos e setenta e cinco idiomas e dialetos, tornando-se o documento mais traduzido em todo o mundo.
Já passam sessenta e dois anos da sua aprovação, no que se refere ao direito ao trabalho e a livre escolha do emprego a realidade brasileira especificamente do jovem desempregado a declaração está longe de ser respeitada nas terras brasileiras.
Desta forma, para a ONU (2003), Organização das Nações Unidas os jovens formam um universo de 1,2 bilhão de pessoas, 18% da população mundial e estão em risco, 200 milhões vivem com menos de US$ 1 por dia e 88 milhões estão sem emprego. Além disso, são extremamente vulneráveis as transformações sociais do século XXI.
Neste alerta o Brasil não fica distante dos números nem da real exclusão do jovem do mercado de trabalho, embora o país esteja em pleno crescimento econômico e na vitrine mundial com as ótimas notícias do campo da economia, percebe-se claramente que mudanças profundas estão acontecendo no país, como por exemplo: o aumento da exportação, descobrimento de novos poços de petróleo, moeda forte, investimentos na área esportiva para preparação da copa do mundo de 2014 e a Olimpíada do Rio de Janeiro em 2016. O país encontra-se nos holofotes da mídia, mas algo silencioso e preocupante é o desemprego do jovem que cresce na mesma proporção, mas sem tantos investimentos para sanar o problema que já pode ser chamado de crônico.
A delimitação etária utilizada neste artigo da população juvenil, de grande parte dos estudos é a de 16 a 24 anos, que é adotada pela Organização das Nações Unidas (ONU, 2003).
Os números são assustadores e a situação dos jovens no mercado de trabalho deve ser um desafio permanente para todos os estados da nação, pois o estudo do (IPEA, 2010), aponta que o Brasil terá cerca de 80 milhões de jovens buscando emprego nos próximos dez anos (2010-2020). Percebe-se que o país está na contra mão do progresso, o jovem está às margens da sociedade em situação de vulnerabilidade social e desemprego maciço.
O desemprego assim posto para Baumann (2004), classifica os que não conseguiram permanecer no carro da modernidade e que não conseguem se inserir na globalização, sendo considerados de “refugo humano”.
O desemprego do jovem coloca em risco o desenvolvimento da sociedade, pois força os jovens a retardarem o ingresso no mercado de trabalho e amplia a dependência da família e das políticas públicas. Nos dizeres de Bauman (2004), neste regresso, não existem trilhas óbvias para retornar ao quadro dos integrantes, observa-se que retornar ao mercado de trabalho não será algo simples e sim uma árdua tarefa de um sonho regresso ao mundo dos incluídos.
O país das multi raças e culturas não vêm assegurando o direito pleno de cidadania, condições de acesso ao emprego, bens e serviços, segurança e justiça social. De nada adianta ser um país de fronteiras livres e abertas se não se tem condições de desenvolver políticas púbicas a todos que aqui vivem. Neste processo de inchamento de pessoas é exclusão social é gerada dia a dia tendo desdobramentos específicos nos campos da cultura, da educação, do trabalho, das políticas sociais, da etnia, da identidade e de vários outros setores da sociedade brasileira.
2.2 As causas do desemprego do jovem
Os jovens de 16 a 24 anos estão diante de um enorme sentimento de fracasso que acompanha o jovem que procura trabalho remunerado e não consegue. Isso representa uma porta aberta para a frustração, desânimo e também a possibilidade de inserção ao mundo das drogas e do crime. Os efeitos do desemprego para os jovens são bastante acentuados por esses se encontrarem num momento do ciclo de vida de intensa organização pessoal e social. A depressão, a ansiedade, são situações que o jovem não consegue suportar, pois não está preparado e não projetou em seu inconsciente que seria tão difícil sua inserção no mercado de trabalho.
O fenômeno do desemprego juvenil vem aumentando ano a ano, mas é necessário e prudente entender o fenômeno e traçar alguns pontos que podem servir como linhas norteadoras.
- Exigência de escolaridade por parte das empresas para novas contratações.
- Baixo grau de escolarização e maior vulnerabilidade.
- Aumento do percentual de homens entre 16 e 24 anos fora da escola e sem ocupação.
Um dos pontos que merece ser destacado é o processo de escolarização da maioria desses jovens.
Segundo Schwartzman, (2004).
Se os jovens tivessem acesso ao mesmo tipo de educação e pudessem concluir a educação secundária em igualdade de condições, teríamos uma situação de igualdade de oportunidades, mesmo com um mercado de trabalho restrito. (p. 43).
Para Schwartzman (2004), as condições de acesso educacional são profundamente determinantes na hora do ingresso no mercado de trabalho, pois a qualidade da educação oferecida pelas escolas públicas, que predominam nos níveis fundamental e médio, é extremamente variada, sendo que as melhores escolas são as particulares, só acessíveis a famílias de renda média e alta.
O mercado de trabalho é extremamente seletista, focando no preparo profissional, conhecimentos no ramo de atuação, cultura geral, conhecimento dos mecanismos de produção, desta forma o conhecimento e a educação tornam-se os pilares centrais da nova ordem mundial do trabalho.
O acesso igualitário ao mesmo tipo de educação é algo muito distante na proposta educacional brasileira. A educação básica deveria focar seus esforços em tentar fazer correlação dos conteúdos de formação geral com o mundo do trabalho, buscando uma estreita relação com o mundo externo da escola, de tal modo que as expressões matemáticas sejam ensinadas para a resolução de problemas da vida cotidiana, seja ela pessoal ou relacionada as empresas, como por exemplo, analisar os juros cobrados ao se tomar um empréstimo bancário. Desta forma, a educação básica conduziria o aluno ao desenvolvimento da cidadania e o preparando para o mercado de trabalho.
Para Schwartzman, “a educação é uma atividade para a vida, que ocorre no lar, na praça, na rua, no trabalho e na escola. O papel da escola deve ser o de preparar os estudantes para que eles possam se conectar ao mundo maior, obter as informações que precisam, configurá-las para seu uso próprio e desenvolver seus recursos e competências individuais”. (p.172).
É notável que a educação básica não está conseguindo preparar os jovens para a conexão do mundo do trabalho, tão pouco para o enfretamento dos vestibulares das universidades públicas e privadas, o jovem está a deriva de formação de qualidade, não conseguindo seguir sua caminhada escolar no ensino superior pela forte concorrência e tão pouco ingressar na universidade privada, por falta de condições de preparo acadêmico e/ou condições financeiras.
Por fim, o grande desafio da sociedade moderna é encontrar alternativas que possam garantir cidadania aos que foram expulsos do carro da modernidade, é desafio do governo garantir dignidade articulando projetos que possam resgatar a confiança em seus projetos de vida. Não é possível que o descontrole e a ganância do capitalismo ceife vidas sem piedade. É dever dos governantes, repensarem princípios éticos, repensem uma nova reengenharia da sociedade líquida, diminuindo significativamente o número de pessoas descartadas do capitalismo atual.
Boa semana a todos.
LEANDRO SIEBEN
Twitter:@LeandroSieben
Na contramão do desenvolvimento econômico que o Brasil tem apresentado na última década, observa-se um grande contingente de jovens desempregados e em situação de vulnerabilidade social. Na tentativa de pensar esse paradoxo, este artigo apresenta o trabalho como meio de produção de dignidade, criador de significado humano, e a Educação Profissional como uma possibilidade de acesso qualificado e viável do jovem ao mundo do trabalho contemporâneo. Apontando para mais investimento em políticas públicas com foco na Educação Profissional, de modo a atingir este segmento da população.
Considerando que o reconhecimento da dignidade pode ser através do trabalho a ONU (1948), Organização das Nações Unidas, descreve a importância do trabalho como um dos direitos humanos mais essenciais do ser humano observa-se no artigo vinte e três a seguinte consideração:
“Toda pessoa tem direito ao trabalho, à livre escolha de emprego, a condições justas e favoráveis de trabalho e à proteção contra o desemprego. Toda pessoa, sem qualquer distinção, tem direito a igual remuneração por igual trabalho. Toda pessoa que trabalha tem direito a uma remuneração justa e satisfatória, que lhe assegure, assim como à sua família, uma existência compatível com a dignidade humana, e a que se acrescentarão, se necessário, outros meios de proteção social”. (ONU, 1948).
A Declaração Universal foi aprovada pela Assembléia Geral em 10 de dezembro de 1948 com votação de quarenta e oito países com votos a favor, zero contra e oito países com abstenções, os países, Bielo-Rússia, Tchecoslováquia, Polônia, Ucrânia, URSS, Jugoslávia, África do Sul e Arábia Saudita. A Declaração Universal foi traduzida pelo menos para trezentos e setenta e cinco idiomas e dialetos, tornando-se o documento mais traduzido em todo o mundo.
Já passam sessenta e dois anos da sua aprovação, no que se refere ao direito ao trabalho e a livre escolha do emprego a realidade brasileira especificamente do jovem desempregado a declaração está longe de ser respeitada nas terras brasileiras.
Desta forma, para a ONU (2003), Organização das Nações Unidas os jovens formam um universo de 1,2 bilhão de pessoas, 18% da população mundial e estão em risco, 200 milhões vivem com menos de US$ 1 por dia e 88 milhões estão sem emprego. Além disso, são extremamente vulneráveis as transformações sociais do século XXI.
Neste alerta o Brasil não fica distante dos números nem da real exclusão do jovem do mercado de trabalho, embora o país esteja em pleno crescimento econômico e na vitrine mundial com as ótimas notícias do campo da economia, percebe-se claramente que mudanças profundas estão acontecendo no país, como por exemplo: o aumento da exportação, descobrimento de novos poços de petróleo, moeda forte, investimentos na área esportiva para preparação da copa do mundo de 2014 e a Olimpíada do Rio de Janeiro em 2016. O país encontra-se nos holofotes da mídia, mas algo silencioso e preocupante é o desemprego do jovem que cresce na mesma proporção, mas sem tantos investimentos para sanar o problema que já pode ser chamado de crônico.
A delimitação etária utilizada neste artigo da população juvenil, de grande parte dos estudos é a de 16 a 24 anos, que é adotada pela Organização das Nações Unidas (ONU, 2003).
Os números são assustadores e a situação dos jovens no mercado de trabalho deve ser um desafio permanente para todos os estados da nação, pois o estudo do (IPEA, 2010), aponta que o Brasil terá cerca de 80 milhões de jovens buscando emprego nos próximos dez anos (2010-2020). Percebe-se que o país está na contra mão do progresso, o jovem está às margens da sociedade em situação de vulnerabilidade social e desemprego maciço.
O desemprego assim posto para Baumann (2004), classifica os que não conseguiram permanecer no carro da modernidade e que não conseguem se inserir na globalização, sendo considerados de “refugo humano”.
O desemprego do jovem coloca em risco o desenvolvimento da sociedade, pois força os jovens a retardarem o ingresso no mercado de trabalho e amplia a dependência da família e das políticas públicas. Nos dizeres de Bauman (2004), neste regresso, não existem trilhas óbvias para retornar ao quadro dos integrantes, observa-se que retornar ao mercado de trabalho não será algo simples e sim uma árdua tarefa de um sonho regresso ao mundo dos incluídos.
O país das multi raças e culturas não vêm assegurando o direito pleno de cidadania, condições de acesso ao emprego, bens e serviços, segurança e justiça social. De nada adianta ser um país de fronteiras livres e abertas se não se tem condições de desenvolver políticas púbicas a todos que aqui vivem. Neste processo de inchamento de pessoas é exclusão social é gerada dia a dia tendo desdobramentos específicos nos campos da cultura, da educação, do trabalho, das políticas sociais, da etnia, da identidade e de vários outros setores da sociedade brasileira.
2.2 As causas do desemprego do jovem
Os jovens de 16 a 24 anos estão diante de um enorme sentimento de fracasso que acompanha o jovem que procura trabalho remunerado e não consegue. Isso representa uma porta aberta para a frustração, desânimo e também a possibilidade de inserção ao mundo das drogas e do crime. Os efeitos do desemprego para os jovens são bastante acentuados por esses se encontrarem num momento do ciclo de vida de intensa organização pessoal e social. A depressão, a ansiedade, são situações que o jovem não consegue suportar, pois não está preparado e não projetou em seu inconsciente que seria tão difícil sua inserção no mercado de trabalho.
O fenômeno do desemprego juvenil vem aumentando ano a ano, mas é necessário e prudente entender o fenômeno e traçar alguns pontos que podem servir como linhas norteadoras.
- Exigência de escolaridade por parte das empresas para novas contratações.
- Baixo grau de escolarização e maior vulnerabilidade.
- Aumento do percentual de homens entre 16 e 24 anos fora da escola e sem ocupação.
Um dos pontos que merece ser destacado é o processo de escolarização da maioria desses jovens.
Segundo Schwartzman, (2004).
Se os jovens tivessem acesso ao mesmo tipo de educação e pudessem concluir a educação secundária em igualdade de condições, teríamos uma situação de igualdade de oportunidades, mesmo com um mercado de trabalho restrito. (p. 43).
Para Schwartzman (2004), as condições de acesso educacional são profundamente determinantes na hora do ingresso no mercado de trabalho, pois a qualidade da educação oferecida pelas escolas públicas, que predominam nos níveis fundamental e médio, é extremamente variada, sendo que as melhores escolas são as particulares, só acessíveis a famílias de renda média e alta.
O mercado de trabalho é extremamente seletista, focando no preparo profissional, conhecimentos no ramo de atuação, cultura geral, conhecimento dos mecanismos de produção, desta forma o conhecimento e a educação tornam-se os pilares centrais da nova ordem mundial do trabalho.
O acesso igualitário ao mesmo tipo de educação é algo muito distante na proposta educacional brasileira. A educação básica deveria focar seus esforços em tentar fazer correlação dos conteúdos de formação geral com o mundo do trabalho, buscando uma estreita relação com o mundo externo da escola, de tal modo que as expressões matemáticas sejam ensinadas para a resolução de problemas da vida cotidiana, seja ela pessoal ou relacionada as empresas, como por exemplo, analisar os juros cobrados ao se tomar um empréstimo bancário. Desta forma, a educação básica conduziria o aluno ao desenvolvimento da cidadania e o preparando para o mercado de trabalho.
Para Schwartzman, “a educação é uma atividade para a vida, que ocorre no lar, na praça, na rua, no trabalho e na escola. O papel da escola deve ser o de preparar os estudantes para que eles possam se conectar ao mundo maior, obter as informações que precisam, configurá-las para seu uso próprio e desenvolver seus recursos e competências individuais”. (p.172).
É notável que a educação básica não está conseguindo preparar os jovens para a conexão do mundo do trabalho, tão pouco para o enfretamento dos vestibulares das universidades públicas e privadas, o jovem está a deriva de formação de qualidade, não conseguindo seguir sua caminhada escolar no ensino superior pela forte concorrência e tão pouco ingressar na universidade privada, por falta de condições de preparo acadêmico e/ou condições financeiras.
Por fim, o grande desafio da sociedade moderna é encontrar alternativas que possam garantir cidadania aos que foram expulsos do carro da modernidade, é desafio do governo garantir dignidade articulando projetos que possam resgatar a confiança em seus projetos de vida. Não é possível que o descontrole e a ganância do capitalismo ceife vidas sem piedade. É dever dos governantes, repensarem princípios éticos, repensem uma nova reengenharia da sociedade líquida, diminuindo significativamente o número de pessoas descartadas do capitalismo atual.
Boa semana a todos.
LEANDRO SIEBEN
Twitter:@LeandroSieben
quinta-feira, 11 de agosto de 2011
EMPREENDER SEM STATUS: DESAFIO DOS JOVENS!
O mundo globalizado, vive uma crise sem precedentes. Urge a necessidade de surgir novas lideranças, e estas devem empreender com os olhos para o social, empreender com visão holística e com preocupação com o OUTRO, empreender sem status, como nos revela Robin Sharma. Neste sentido o jovem empreendedor deve focar seu cargo para disseminar o bem, o bem social, se preocupar com o que acontece no mundo. Reforça Sharma, seu cargo é “Ser humano”, você não precisa de uma cargo importante para ser líder ou empreendedor, só precisa ser HUMANO, isso é o suficiente.
É função da escola e dos adultos ajudar o jovem a não se perder na paranóia do status do mundo moderno, paranóia do consumo exagerado, uma vida consumismo, onde o único sentido é o CONSUMO. O jovem de hoje é bombardeado por inúmeras propagandas de consumo, mensagens focando que o consumo consegue tirar a tristeza e falta de sentido. Reforço que empreender sem status está acima do consumo. Neste sentido, o jovem pode ter muito talento e alcançar o sucesso, amar e ser amado e, mesmo assim, esbarrar num vazio que nada consegue preencher a sua vida.
Para Mário Sérgio Cortella, precisamos descobrir qual é nossa obra. Por fim, é função dos professores e dos adultos, indagar os jovem sobre qual é a sua obra, qual é o sentido da vida. A recente morte da jovem cantora Amy é uma prova que falta sentido de vida, uma vida sem status, uma vida pautada em princípios universais. A morte de Amy é um horror e uma profunda estupidez do mundo moderno.
Os jovens não podem ser considerados os problemas do mundo moderno, eles são a solução de TUDO.
É função da escola e dos adultos ajudar o jovem a não se perder na paranóia do status do mundo moderno, paranóia do consumo exagerado, uma vida consumismo, onde o único sentido é o CONSUMO. O jovem de hoje é bombardeado por inúmeras propagandas de consumo, mensagens focando que o consumo consegue tirar a tristeza e falta de sentido. Reforço que empreender sem status está acima do consumo. Neste sentido, o jovem pode ter muito talento e alcançar o sucesso, amar e ser amado e, mesmo assim, esbarrar num vazio que nada consegue preencher a sua vida.
Para Mário Sérgio Cortella, precisamos descobrir qual é nossa obra. Por fim, é função dos professores e dos adultos, indagar os jovem sobre qual é a sua obra, qual é o sentido da vida. A recente morte da jovem cantora Amy é uma prova que falta sentido de vida, uma vida sem status, uma vida pautada em princípios universais. A morte de Amy é um horror e uma profunda estupidez do mundo moderno.
Os jovens não podem ser considerados os problemas do mundo moderno, eles são a solução de TUDO.
sexta-feira, 15 de julho de 2011
Incubadoras tecnológicas crescem no Brasil
As incubadoras tecnológicas são uma ótima oportunidade de incubação de projetos com auxílio de profissionais qualificados nas mais diversas áreas.
Geralmente as empresas incubadas tem auxílio no desenvolvimento do projeto, redução de taxas como aluguel, internet, luz e locação de espaço.
Desta forma, as incubadoras ajudam a reduzir o índice de mortalidade das empresas brasileiras. As incubadoras se destacam pois, geram inovação em vários setores, criam empresas de sucesso, reduzem a mortalidade das empresas, reduzem os riscos de investimentos e criam postos de trabalho e renda.
Mortalidade das empresas, um ano varia de 30% a 61%, de dois anos 40% a 68% e de três anos de 55% e 73%.
As principais causas da mortalidade prematura: Desconhecimento do mercado, falta de capital de giro, concorrência mais ágil e preços melhores, desconhecimento técnico, modismo, saque de dinheiro para despesas pessoais, descontroles contábeis e administrativos, baixa qualificação de mão-de-obra e nível de dívidas bancárias insustentável, entre outros.
Destaco a empresa Migrate Company que esteve incubada na Sociedade Educacional Três de Maio - SETREM e hoje é um exemplo de empresa na área de tecnologia, orgulhando a região noroeste do estado. Saiba mais: http://migratecompany.com.br
Se você tem uma ideia procure uma Incubadora Tecnológica e peça apoio no desenvolvimento do seu projeto.
Mensagem final: Quem chega ao topo sozinho fez alguma coisa errada no caminho.
Abraço,
Leandro Sieben
Geralmente as empresas incubadas tem auxílio no desenvolvimento do projeto, redução de taxas como aluguel, internet, luz e locação de espaço.
Desta forma, as incubadoras ajudam a reduzir o índice de mortalidade das empresas brasileiras. As incubadoras se destacam pois, geram inovação em vários setores, criam empresas de sucesso, reduzem a mortalidade das empresas, reduzem os riscos de investimentos e criam postos de trabalho e renda.
Mortalidade das empresas, um ano varia de 30% a 61%, de dois anos 40% a 68% e de três anos de 55% e 73%.
As principais causas da mortalidade prematura: Desconhecimento do mercado, falta de capital de giro, concorrência mais ágil e preços melhores, desconhecimento técnico, modismo, saque de dinheiro para despesas pessoais, descontroles contábeis e administrativos, baixa qualificação de mão-de-obra e nível de dívidas bancárias insustentável, entre outros.
Destaco a empresa Migrate Company que esteve incubada na Sociedade Educacional Três de Maio - SETREM e hoje é um exemplo de empresa na área de tecnologia, orgulhando a região noroeste do estado. Saiba mais: http://migratecompany.com.br
Se você tem uma ideia procure uma Incubadora Tecnológica e peça apoio no desenvolvimento do seu projeto.
Mensagem final: Quem chega ao topo sozinho fez alguma coisa errada no caminho.
Abraço,
Leandro Sieben
terça-feira, 5 de julho de 2011
Competência e qualificação na Educação Profissional
Para Gonzalez (1996), as competências envolvem a iniciativa, a criatividade, a vontade de aprender, a abertura às mudanças, a consciência da qualidade e das implicações do trabalho, isto é, implica o envolvimento da individualidade na nova organização da empresa e do mercado.
A temática das competências começou a ser discutida no mundo empresarial a partir dos anos 1980 como uma nova alternativa para a organização dos proces-sos produtivos. Por meio dela, passa-se a enfatizar a individualidade do trabalhador e não mais as atribuições do posto de trabalho ocupado pelo indivíduo.
Para Gonzalez (1996), a imprevisibilidade no trabalho requer a mobilização de saberes, de inteligências e de competências, isto é, da individualidade. Nesta lógica, a individualidade do trabalhador passa a ocupar um lugar de destaque.
Deluiz (2005) define, competência refere-se a saberes ou conhecimentos for-mais, que podem ser traduzidos em fatos e regras, o saber fazer, que pertence à esfera dos procedimentos empíricos, como as receitas, os truques de ofício, e que se desenvolvem na cotidiana de uma profissão e ocupação; finalmente o saber-ser, compreendido como saber social ou do senso comum, que mobiliza estratégias e raciocínios complexos, interpretações e visões de mundo.
Para Duarte (2010), as competências profissionais representam uma lógica contemporânea, relativamente recente, que emerge nas últimas décadas do século XX, em meio às turbulências econômicas, à emergência das técnicas de base mi-croeletrônica e a um acirramento sem precedentes da concorrência num mercado que se torna cada vez mais segmentado e globalizado. É também uma lógica em evidência, tanto no mundo dos negócios quanto no meio escolar, isto é, orientando tanto a gestão empresarial quanto a elaboração de currículos escolares.
Para Ramos (2001) competência é um saber interiorizado de aprendizagens orientadas para uma classe de situações escolares ou profissionais que permite ao indivíduo enfrentar situações e acontecimentos com iniciativa e responsabilidade na vida em sociedade.
Duarte (2010), também associa as competências profissionais como uma ló-gica contemporânea, relativamente recente, que emerge nas últimas décadas do século XX, em meio às turbulências econômicas, à emergência das técnicas de base microeletrônica e a um acirramento sem precedentes da concorrência num mercado que se torna cada vez mais segmentado e globalizado.
Segundo Tomasi (2004), as demandas por competências estão relacionadas a uma desestabilização dos sistemas de produção que marcaram o mundo do capi-tal. Para o autor, o surgimento desta lógica traduz acontecimentos ocorridos no mundo do capital que apontam para um esgotamento da lógica taylorista, seguida de uma desestabilização dos sistemas de produção, marcados pela instabilidade e pela incerteza.
Nesta lógica das competências o conhecimento, atitude e as habilidades são formas requeridas no atual ambiente de trabalho. Segundo Duarte (2010), a lógica das competências tem orientado as diretrizes curriculares nacionais para a educa-ção profissional de nível técnico e para a educação profissional de nível tecnológico. Os documentos normativos do Conselho Nacional de Educação (CNE) assumiram como orientação para a organização curricular da educação profissional, o compromisso com o desenvolvimento das competências profissionais, caracterizando-as como capacidade individual do cidadão trabalhador para “articular, mobilizar e colocar em ação valores, habilidades, atitudes e conhecimentos necessários para o desempenho eficiente e eficaz de atividades requeridas pela natureza do trabalho e pelo desenvolvimento tecnológico”. (ZARIFIAN, 2003, p. 14).
Neste sentido, a educação profissional, pautada pela lógica das competên-cias, tem do atual governo federal uma grande aposta de formação para as novas demandas do capitalismo. Pois é pretensão desta formação, formar jovens para di-versos setores com grandes dificuldades de contratação de pessoal, bem como o grande número de jovens com dificuldade de inserção ao mercado de trabalho. Neste sentido, o Ministério do Trabalho iniciou em meados de 1995, uma série de estratégias articuladas em comum acordo com as secretariais estaduais de educação, bem como com diversas instâncias da sociedade. A meta era atingir até o ano de 1999 cerca de 15 milhões de pessoas ano, chegando atingir cerca de 20% da população ativa no Brasil.
A temática das competências começou a ser discutida no mundo empresarial a partir dos anos 1980 como uma nova alternativa para a organização dos proces-sos produtivos. Por meio dela, passa-se a enfatizar a individualidade do trabalhador e não mais as atribuições do posto de trabalho ocupado pelo indivíduo.
Para Gonzalez (1996), a imprevisibilidade no trabalho requer a mobilização de saberes, de inteligências e de competências, isto é, da individualidade. Nesta lógica, a individualidade do trabalhador passa a ocupar um lugar de destaque.
Deluiz (2005) define, competência refere-se a saberes ou conhecimentos for-mais, que podem ser traduzidos em fatos e regras, o saber fazer, que pertence à esfera dos procedimentos empíricos, como as receitas, os truques de ofício, e que se desenvolvem na cotidiana de uma profissão e ocupação; finalmente o saber-ser, compreendido como saber social ou do senso comum, que mobiliza estratégias e raciocínios complexos, interpretações e visões de mundo.
Para Duarte (2010), as competências profissionais representam uma lógica contemporânea, relativamente recente, que emerge nas últimas décadas do século XX, em meio às turbulências econômicas, à emergência das técnicas de base mi-croeletrônica e a um acirramento sem precedentes da concorrência num mercado que se torna cada vez mais segmentado e globalizado. É também uma lógica em evidência, tanto no mundo dos negócios quanto no meio escolar, isto é, orientando tanto a gestão empresarial quanto a elaboração de currículos escolares.
Para Ramos (2001) competência é um saber interiorizado de aprendizagens orientadas para uma classe de situações escolares ou profissionais que permite ao indivíduo enfrentar situações e acontecimentos com iniciativa e responsabilidade na vida em sociedade.
Duarte (2010), também associa as competências profissionais como uma ló-gica contemporânea, relativamente recente, que emerge nas últimas décadas do século XX, em meio às turbulências econômicas, à emergência das técnicas de base microeletrônica e a um acirramento sem precedentes da concorrência num mercado que se torna cada vez mais segmentado e globalizado.
Segundo Tomasi (2004), as demandas por competências estão relacionadas a uma desestabilização dos sistemas de produção que marcaram o mundo do capi-tal. Para o autor, o surgimento desta lógica traduz acontecimentos ocorridos no mundo do capital que apontam para um esgotamento da lógica taylorista, seguida de uma desestabilização dos sistemas de produção, marcados pela instabilidade e pela incerteza.
Nesta lógica das competências o conhecimento, atitude e as habilidades são formas requeridas no atual ambiente de trabalho. Segundo Duarte (2010), a lógica das competências tem orientado as diretrizes curriculares nacionais para a educa-ção profissional de nível técnico e para a educação profissional de nível tecnológico. Os documentos normativos do Conselho Nacional de Educação (CNE) assumiram como orientação para a organização curricular da educação profissional, o compromisso com o desenvolvimento das competências profissionais, caracterizando-as como capacidade individual do cidadão trabalhador para “articular, mobilizar e colocar em ação valores, habilidades, atitudes e conhecimentos necessários para o desempenho eficiente e eficaz de atividades requeridas pela natureza do trabalho e pelo desenvolvimento tecnológico”. (ZARIFIAN, 2003, p. 14).
Neste sentido, a educação profissional, pautada pela lógica das competên-cias, tem do atual governo federal uma grande aposta de formação para as novas demandas do capitalismo. Pois é pretensão desta formação, formar jovens para di-versos setores com grandes dificuldades de contratação de pessoal, bem como o grande número de jovens com dificuldade de inserção ao mercado de trabalho. Neste sentido, o Ministério do Trabalho iniciou em meados de 1995, uma série de estratégias articuladas em comum acordo com as secretariais estaduais de educação, bem como com diversas instâncias da sociedade. A meta era atingir até o ano de 1999 cerca de 15 milhões de pessoas ano, chegando atingir cerca de 20% da população ativa no Brasil.
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